Nunca lhe pedi

Eu nunca lhe pedi que ficasses,

Como nunca lhe pedi também que viesses.

Então porque foste, quando nunca era pra teres passado por aqui?

Nunca lhe pedi que me amasses,

Como de fato nunca tive o seu amor,

Mas também nunca decidi que me apaixonaria por ti.

Seria cruel o descuido de não ter crido numa possibilidade?

Ou haveria uma possibilidade de não ser mais descuidado e acreditar mais na força avassaladora e transformadora do amor?

Nunca lhe pedi que chorasses,

Como nunca ensaiei um momento pra arrancar-lhe lágrimas.

Então porque me magnetizaste com seus belos olhos molhados pela emoção?

Naquela noite bebi o cálice, não salgado, mas enfeitiçado, pelo doce veneno da sua paixão.

Quanta insanidade, ou quanta inconseqüência nesta aventura, que não levando em conta o tempo que dura, perdura, e me faz pensar que um dia vai se repetir.

Se a sua capacidade de me manter ligado em ti é tamanha, jamais duvide que o amanhã sempre nos prepara uma artimanha. Isto se o amanhã não for hoje...

Eu não consigo desistir de você.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 19/12/2007
Reeditado em 26/02/2015
Código do texto: T784034
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