Velhos guardados

Escutei palavras soltas,

Refutei aplausos escassos

Contemplei sorrisos marinhos,

Desliguei abismos largados.

Compraram fichas vendidas,

Encontraram frescos pescados,

Largaram os pés sobre a mesa,

Duvidaram dos velhos guardados.

No orvalho da seca, choraram.

No calor ressequido velaram,

Olharam por si e para si,

Deixaram à sorte e ao acaso.

Os rabiscos viraram rotina,

E as vozes aqueceram os quartos,

Tão grande que era a lista,

Listaram até o inesperado.

E assim foi riscando o verso,

E comprando pequenos quebrados,

Se encharcando de um doce veneno

Embebido em vinagre estragado,

Redigindo palavras tão soltas,

Recebendo aplausos esperados,

E que se despediu do aguado

Para se dispor aos acasos.

Reconhecendo suas lutas extensas,

E tomando de sua própria verdade,

Vendendo suas próprias conquistas,

Lembrando a visão dos passados.

Claudemir Evangelista
Enviado por Claudemir Evangelista em 30/11/2023
Código do texto: T7944256
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