A DAMA DA ESPERANÇA

A Dama da esperança vinha em minha direção,

Passos lentos e cambaleantes...

Andava nua e descalça,

Tinha tirado o seu vestido verde...

Verde representa esperança.

Ela já nem nela mesmo acreditava

Por isso se desnudava...

A face, de uma cor rubra,

Mostrava toda a sua vergonha

A vergonha da esperança

Que não tinha esperança.

Sobressaiam,

As rugas de uma Dama que um dia,

Fora altaneira e esplendorosa,

Mas hoje carcomida

Curvada

Cansada e velha...

Qual esperança?

A Dama da esperança está morrendo...

E vai lentamente à procura

Da fonte da juventude

Para se renovar,

E voltar a ter o seu glamour

E ser novamente admirada

Cortejada

Como devem ser

Todas as Damas...

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 02/01/2008
Código do texto: T799549
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