O vendedor de picolé
Valente o vendedor de picolé
Que empurra solitário o seu carrinho
Desvia da água o seu caminho
Com os pés descalços, calejados de fé
No sol que escalda o meio-dia
E arde a areia branca da praia comprida
Valente o vendedor de picolé
Que vai e volta na praia sem parar
No calor de qualquer cristão alquebrar
No fim do dia só de café
Leva para casa a esperança
De um dia inteiro de andança.
Valente o vendedor de picolé.