Eclipse: O Abandono

O SOL FOI ESCURECIDO

E O AMOR ESQUECIDO

NA CAMINHADA DA VIDA

HÁ PASSOS QUE DESTROEM CASTELOS

DE REPENTE TUDO QUE ERA BELO

TORNAM-SE ABERTAS FERIDAS

SANGRANDO COMO PUS

AOS OLHOS NUS

QUEM PODERÁ ENTENDER?

EM MEIO O ECLIPSE: O ABANDONO

A LUZ QUE ERA CLARA

TORNA–SE, ENTÃO, TURVA

AVERMELHADA TARDE ESQUECIDA

DEIXADA DE LADO COMO LIXO DA VIDA

E NINGUÉM PERCEBE A DIFERENÇA

PORQUE O SORRISO DISFARÇA A OFENSA

OCULTANDO ATÉ A FALSIDADE

E NO LUGAR DA VERDADE

APENAS PALAVRAS DESPRESÍVEIS

COMO A FALSA ENERGIA

DE UM SOL INEXISTENTE

ONDE A VERDADEIRA ALEGRIA

SE ESCONDE ATRAZ DOS DENTES

DE REPENTE, NUM INTANTE TRIUNFAL

O BEM VENCE TODO MAL

E COMEÇA A CLAREAR TODA MENTE ADORMECIDA

E MAIS UMA VEZ SE FOI

ESCURA NOITE DE INVERNO

DEIXANDO APENAS MARCAS

COMO PEGADAS ESCURAS NA ESTRADA

SINALIZANDO PASSOS DESIQUILIBRADOS

NO BALANÇAR DESTA VIDA

EM PERPÉTUA BUSCA DA DESPEDIDA.

Margareth Monforte
Enviado por Margareth Monforte em 24/04/2008
Código do texto: T960781
Classificação de conteúdo: seguro