OS LAÇOS
Esses laços me dão arrepios...Tantos anos soprando a cama antes de deitar
Exorcizando a mácula dando um tiro pela culatra
Sempre existe um bode expiatório numa convivência nervosa
os descontrolados se bicam
Macacos me mordam mas não macerem a flor
Sei que para vocês o importante é dissecar
O poeta tem um pálido vislumbre
O som melodia
O erudito curioso no âmago das coisas
Ser ou não máquina
Pequena Flor assiste ao espetáculo sonhando o real
Na ignorância sem freio daqueles abanando as vidas
Pobres toscas ferindo-se uns aos outros
No âmago essencial do movimento
O violino soa com transparência só a beleza
O que não foi soado por ninguém o que será aquilo?
Feliz e agradecido
A colérica anda armada a mãe desamparada
Salgada essa essência intima desta segunda-feira irada
Onde anda a irmã que nunca teve? Perdoa a mãe madrasta?
Sabe que aquilo acostumado fazer com o outro o que fizeram com elas
As leoas ferozes detonam sua nevrálgica e derramam seu ódio escondido
Tal mãe tal filha tal tudo ali naquele espaço
Olhei de lado aquela coisa conhecida mas já adormecida
Esses laços de família que por anos suportei