CONFIDÊNCIA DE MULHER AVÓ

Quando o tempo conta vinte e um anos.

Eis que me vejo na mesma situação

Como se o tempo tivesse parado

Ou assistindo ao relançamento de um filme

Numa nova época e com novos personagens

Assim me encontro vendo meu filho

Minha nora que aceitei de braços abertos como a filha que não tive.

E um lindo bebê que chegou para a felicidade da família

Volto ao passado e tenho impressão que o tempo parou.

Novos tempos, nova geração!

E eu sem prática alguma ainda servi de chacota

Pois no hospital de companhia com a norinha

Não soube trocar a fralda do bebê

Ficará marcado na sua lembrança esse episódio

Quando surge esse assunto é sempre muitas risadas

E eu me divirto também porque sou de bem com a vida.

E só Deus sabe a emoção que senti no momento

A ponto de realmente nem mesmo enxergar a fralda

E assim perder a chance de trocar a primeira fralda na minha neta.

Fiquei completamente sem ação, o bebê chorava.

E aquele pregador preso ao seu umbigo confesso que perdi a ação.

Tão forte era a emoção de ser avó pela primeira vez.

E ver aquele serzinho desprotegido chegando ao mundo

Mundo esse que luto pela educação dos meus filhos

Para que ao educar seus filhos, eduquem como se olhasse do espelho dos pais.

Ou, se aplicar uma educação moderna, que seja justa e de grande respeito.

Para que consigam com suas próprias pernas caminhar

A passos largos na direção da estrada do bem.

Então nela com passos lentos, mas sempre com a certeza.

E com fé que vão chegar.

05/03/2008

Sonia Barbosa Baptista

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 03/01/2009
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