TRAVESSURAS ATÉ OS DOIS ANOS

Quando era bebê, aos oito meses, engatinhava com tal esperteza

Que apostava corridas com o pai,já engatinhando com certa lerdeza,

Até a chegada final,para presenciar a pose do bebê com aquela vitória,

Sentado, com uma espressão tão rica que não me sai da memória.

Naquele rosto tinha a fala muda da mais bela história que já vivi.

Trazia nos olhos, um fascinio que eu não esperava naquele guri

De sorriso debochado e ainda sem os dentes que a idade escondia.

Tudo aquilo era apenas uma etapa do que a vida oferecia todo dia.

O ser humano é uma obra de arte feita à semelhança de Deus,

A felicidade do bebê,parecia tão pioneira como os escritos de Mateus

E para o pai,tão marcante que os anos não apagarão jamais

Estas reliquias arquivadas para as recordações de logo mais.

As surpresas não tinham fim e aos dois anos criou uma fora do normal:

Acordou-me de madrugada e fez um convite como se fosse natural,

Acompanha-lo até a sala, onde queria ter uma conversa

E nada mais fez senão falar, falar sem nenhuma pressa.

Era como se dissesse que o tempo dedicado às pessoas acumula saber

E que este era o caminho dos sábios para encontar na vida o prazer

Tudo isso em dez minutos de falas e gestos que me deixaram arrepiado

Sem saber se ouvia uma pequena criatura ou um Anjo representado.

CRPOETA - HOMEM

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 26/11/2009
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T1945779