NATAL

Símbolo de união e sorrisos,

Familias se encontrando felizes,

Crianças buscando presentes,

Imaginando que Papai Noel,

Nas suas inocências tão puras,

É quem vem lhes presentear.

Cenários que se desejam num palco,

Com personagens tão bem trajados,

Mesa farta com iguarias tão finas,

Brindes que se fazem batendo taças,

Melhores vinhos para afinar o paladar,

E justas alegrias em encontro familiar.

Não se pode nem ao menos censurar,

De encontros com supremas alegrias,

Pois num dia onde pais encontram filhos,

Muitas vezes ausentes nas distâncias,

Existem motivos tão justos para comemorar,

Pois as saudades deixaram de existir.

Não esquecerem no entanto neste dia,

Do personagem principal que está ausente,

Pois convites nem sequer lhe endereçaram,

Sendo que no dia de Natal é seu aniversário,

E não estar presente é tamanha descortesia,

Para o Menino Jesus que nesse dia nasceu.

Mesa farta que os pobres nem sonhar podem,

Para eles o Natal é apenas uma circunstância,

Diante das misérias que rondam suas tristezas,

E seus filhinhos com Papai Noel sómente sonham,

Com esperanças de um dia ganhar presentes,

Só que naquele barraco o Menino Jesus entrou.

Foi um convidado de honra que entrou quietinho,

Se acomodou num canto e partilhou do pouco,

Um pedaço de pão que repartiu com todos,

Que estranhamente foi se multiplicando,

Como o milagre dos pães que um dia aconteceu,

E no simples barraco o Menino Jesus sorriu então.

21-12-2009