Capitel da Trindade

Entre colunas minha estrutura expõe-se ao céu,

É uma tríade de pilares sagrados chamada família,

É ela meu retiro, meu porto franco de que sou ilhéu,

Heréu sou então de virtudes, um templo de metonímias.

Descrevo assim os capitéis de minhas pilastras de vida,

Que são pessoas especiais cujas emoções são o bem,

Que voluta este peito “ante mortem” em seguida

Das preces dos olhares dos dias que se movem.

Minha Vó: Tu és doce visão, de quanta benção, quanta,

Da tua sublime e dedicada sedução e custódia materna!

O amor, que hoje, por ti, meu coração grita e externa,

Vem de tão fundo que não chora ou se esconde: canta...

E é por minha Mãe ser tua filha que a maldade se quebranta,

Sentindo eu unção da graça materna e sempre eterna,

Que hoje, minha Mãe, é um ser mais do que me governa,

É tão imune de pecados que acredito que sejas santa...

E tu meu Pai, por ti, tocara o esplendor, na condição de filho,

Si, no meu estro, refletisse a tua alma e caráter de escol:

Si peço para que fiques ao meu lado já que sou seu brio,

O meu mundo se volta como a luz do luar, já que és o sol...

É, pois, no fim deste versital de horas, quiçá missais...

Que me ponho a agradecer a estes que me edificaram

A índole dos meus aprestos e a força dos meus vocais,

Porquê de trazer alvíssaras de tudo que por mim fizeram...

Tão e quanto, tanto, tanto, e tudo, que não tem fim...

A glória do sentimento mais bonito que é o amor,

Sinto, inflamo, por ele então me derramo enfim

Nas pessoas mais próximas onde inexiste a dor!