Ianê
(Dedicado a minha sobrinha por ocasião do seu nascimento)
Ianê gostosa torrente d’água
A espantar cento e vinte dias de seca.
Venha menina pelas mãos do cometa
Que ofertei à Ananda,
E nos ensina, de novo,
O que é chegar.
Que a pressa de te agradar
Não se confunda com a impossibilidade.
Quero ser simples, no momento,
Como criança;
E com as arestas da vida aparada
Excluir a poeira dos meses antecedentes.
A verdura dos bosques espalhando-se
Misture-se ao cheiro da terra...
E que em pleno novembro
O assombro claro do abril
Abrace-nos a todos!!!!
PS: Ananda citada no poema é irmã da Ianê. Nome comun de dois gêneros escolhido para ser meu pseudônimo.