O Velho

Afortunados os que me apreciam com encanto,

Que se envolvem com minha vida no passado

E copiam com alegria o meu passo cansado...

Felizes os que abarcam a minha necessidade de carinho,

Incluem-me socialmente e não me oferecem desilusão

Felizes os que não se olvidam da minha solidão

e me mimoseiam com momentos do seu tempo

e fragmentos de uma linda ilusão...

Afortunados os que cantam e falam com clamor altivo e intenso

para minimizar a minha insurdescência.

Felizes os que abraçam com calor as minhas atitudes trêmulas,

E minhas mãos frêmulas, ao léu, distorcidas e cansadas,

Para me dar o apoio para caminhar e me dizer coisas novas

Afortunados os que se interessam pela minha longínqua juventude

e não se cansam de ouvir as minhas histórias,

já tantas vezes estresidas e ecoadas

no meu pequeno quarto de dormir...

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 07/08/2011
Código do texto: T3144280
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