Papai Noel

Anos após anos, crescestes sob a sombra de um Papai Noel,

A cada fim de ano, novas barbas surgiam sob o seu imenso queixo,

Aquela figura misteriosa sempre te deixou confuso,

Falava-se de amor, dos presentes e não viam o temor que sentias.

Um misto de querer e temer te deixava tremulo, que agonia.

As pessoas diziam: Ele é bonzinho, adora crianças, mas e a bengala ?

A hora do colo ou do abraço se aproximava, teus olhos saltavam,

Teu coração aos solavancos, não sabia o que fazer.

Um passo à frente, dois atrás, braços fortes te continham e impeliam,

Rumo àquela figura, que não compreendias, o que havia naquele saco?

Os sonhos nem sempre exprimem os nossos melhores desejos,

E como saber se sonhar é o melhor remédio ?

Assim se passaram anos a fio, a long time persistia o mistério,

E a cada nova aparição teu temor aumentava, aquela barba crescia,

O que será da tua esperança por dias melhores ?

Porque aquela bengala, nunca se transformava numa varinha mágica?

Sei que ainda esperas,e embora esperar não seja saber,

Não percas a tua fé, porque ela é a última barreira que te resta...

Como homenagem aos que na infância e aos que nunca puderam compreender o símbolo do Papai Noel.

Rio de Janeiro, 20/12/2013.