ANJOS E HOMENS
Será que há calmaria no céu
Quando os anjinhos aprontam por lá,
Quando brincam e se divertem voando ao léu,
E puxam a barba de São Pedro, será?
Que de esconde-esconde brincam com o Senhor,
Que se fartam e se cansam de tanto zoar,
E logo adormecem em profundo torpor,
E depois tudo de novo vão aprontar?
Anjos e homens qual semelhança haverá?
Os de lá não crescerão nem nunca partirão
Para outras jornadas, nem há nada a conquistar,
Os de cá, um dia outros ares, outros rumos ganharão.
No céu, na morada do altíssimo, muito além da imaginação,
Não se sabe ao certo se é possível tudo isso acontecer,
Nos “céus” da nossa casa, nosso lar e coração,
Dois ápteros anjinhos acabam de adormecer.
Dormem sono angelical, sonham a momentânea ocupação.
Se não há barbas para puxar, nem espaço para voar,
No embalo do berço, acompanhado de uma suave canção,
Outros anjos há que os guardam e o sono lhes ficam a velar.
Para os netos João Francisco e Pedro que hoje na casa dos avós dormem sono angelical.
J.Mercês
27/1/2014