ANJOS E HOMENS

Será que há calmaria no céu

Quando os anjinhos aprontam por lá,

Quando brincam e se divertem voando ao léu,

E puxam a barba de São Pedro, será?

Que de esconde-esconde brincam com o Senhor,

Que se fartam e se cansam de tanto zoar,

E logo adormecem em profundo torpor,

E depois tudo de novo vão aprontar?

Anjos e homens qual semelhança haverá?

Os de lá não crescerão nem nunca partirão

Para outras jornadas, nem há nada a conquistar,

Os de cá, um dia outros ares, outros rumos ganharão.

No céu, na morada do altíssimo, muito além da imaginação,

Não se sabe ao certo se é possível tudo isso acontecer,

Nos “céus” da nossa casa, nosso lar e coração,

Dois ápteros anjinhos acabam de adormecer.

Dormem sono angelical, sonham a momentânea ocupação.

Se não há barbas para puxar, nem espaço para voar,

No embalo do berço, acompanhado de uma suave canção,

Outros anjos há que os guardam e o sono lhes ficam a velar.

Para os netos João Francisco e Pedro que hoje na casa dos avós dormem sono angelical.

J.Mercês

27/1/2014

JOSÉ MERCES
Enviado por JOSÉ MERCES em 28/01/2014
Código do texto: T4668197
Classificação de conteúdo: seguro