Pranto Contido

Às vezes a dor é tão grande que sufoca a alma

Num gesto tolo consciente ou impensado,

Pensando tão somente no ente amado,

Seguimos caminhos em busca da calma.

O nó na garganta e o amor no peito

A razão e a emoção debatem seus fins

E eu fico pensando comigo assim

Pra passar por isso, o quê tenho feito?

Um pranto contido , na boca o amargor

Um abraço, um afago que não foram dados

Esses carinhos agora negados

Outrora era costume de afeto e amor.

Às vezes um pássaro quer voar sozinho

E bate as asas rumo ao seu destino

Mas, outros apenas agem sem tino

E voltam ferido para o seu ninho

Que as minhas crias ao bater as asas

Sejam rumo à sorte e à prosperidade

Pois devem o amor, a paz e a verdade

Fazerem morada numa mesma casa

Pois se o filho se fere a mãe sente a dor

E ainda nutre a culpa e a aflição

Lamberá sua cria fazendo-lhe unção

Ansiando dar tão somente amor

Eu sei que uma luz no final aparece

E procuro as porta da conformidade

Para que vivamos com serenidade

Clamo a Jesus com as minhas preces.

Iranil J Azevedo
Enviado por Iranil J Azevedo em 13/04/2014
Reeditado em 13/04/2014
Código do texto: T4767333
Classificação de conteúdo: seguro