AVÔ - Poesia nº 27 do meu terceiro livro "Relevos"

Palavras sábias, já bem descansadas,

Ditas pelo teu amor que em mim existe.

E a tua certeza num olhar alegre ou triste,

Olhar sério ou simplesmente olhar sereno.

Amei-o como avô e amei-o como pai também.

Mesmo que já crescido, fui eu, o seu pequeno!

Transmites a boa paz e muita segurança

Em suas mãos de peles finas dobradas...

Os braços fortes da lavoura e do engenho,

Nos seus bons tempos, agora me abraçam...

É só um pouquinho surdo. Um lindo grisalho

Nos seus cabelos, que brilham como o orvalho.

Sem alguns dentes naquele sorriso tão calmo,

Meditava para mim a proteção de um Salmo.

Querido homem amado do sítio,

As suas velhas pálpebras são os

Pergaminhos dos dias passados.

Te amei em vida, te amarei até a minha morte!

Foste tu, a razão do meu viver, da minha prece...

Sem você o meu coração sofre, a alma padece!

Jlle, 05/08/1990.

Ps. Poesia escrita no dia do falecimento do meu avô materno (José Celso Cardoso).

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 17/07/2016
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