NEFASTO DESTINO
Que nefasto destino nos traz a desdita de sepultar assaz doído ente querido que jaz?!...
Não há língua morta que neste orbe conforta a criatura amada desvirtuada e torta.
É o avesso da sorte que malfadada estrofe de um verso sem rima que não se sublima.
E a alma se apruma e firma, mas o coração não faz rima.
Nesta razão disforme que arranca e extrai tenra vida.
Bizarro desterro, ceifado em golpe vil e certeiro de impiedosa desdita.
A quem gera uma vida e nela se afinca e se dedica e doa sua própria vida para nutrir esta outra vida, não há sorte mais maldita.
Deve haver explicação para tamanho contra-senso...
Não afastando de mim o bom senso em repelir tão dura realidade, lanço um apelo à Deidade: protejei nossos pequenos de todo o mal e de toda enfermidade!