O PARAISO:

O PARAÍSO

Quando eu era pequenino, morava no interior, no meio da natureza. A noite gostava de olhar para o céu. Às vezes, por horas ficava olhando os milhares de estrelas que brilhavam, para amenizar a imensa escuridão, a espera da lua.

Outras vezes, saia a caminhar sem destino definido, apenas por que gostava de caminhar pelos campos ou pelos bosques. Gostava de entrar na mata e me sentir pequeno, embaixo das imensas árvores, que me rodeavam.

Gostava de escutar os mais variados e belos tipos de cantos dos pássaros. E muitas e muitas vezes, me via em um grande dilema, e ficava a imaginar.

Porque Existo? E o que é Viver?

Passaram-se os anos, muitos anos. E eu me mudei, mudei meu corpo, mudei os meus pensamentos e conseqüentemente, mudei minha maneira de pensar, mudei também de lugar, mudei-me para a cidade.

Hoje, olho para o céu e vejo luzes, muitas luzes, mas elas não brilham e nem piscam. Sabem por que? Porque elas não são estrelas. São apenas lâmpadas no alto dos postes.

Hoje, quando saio a caminhar pela selva...Pela selva de pedra em que moro, não encontro mais os mesmos animais. Só encontro feras, verdadeiras “feras” humanas.

Quando caminho por uma rua, entre os altos edifícios, não me sinto pequenino como antes, me sinto um “verme” ambulante.

Pelo menos uma coisa a cidade grande me ensinou. Hoje já não tenho mais o dilema, do:

POR QUE EXISTO E O QUE É VIVER.

EXISTO, “Existimos”, para evitar que nós mesmos destruamos o nosso planeta.

E VIVER, eu Vivia, quando era pequeno. Vivia no meu mundo, um mundo sem maldade, Vivia no Paraíso.

LÁ, EU VIVIA. LÁ, EU EXISTIA.

ROGÉRIO JOAQUIM DA SILVA.

AUTOR

Rogerio Joaquim
Enviado por Rogerio Joaquim em 06/11/2005
Código do texto: T68087