Sombra familiar

N’ancestralidade rabugenta que sei pouco:

Os óculos crescem sob o espelho de um passado brusco.

Nascido e criado de um jeito típico,

Carrego uma ciranda de traço pouco pitoresco.

O cenho franziu diante da foto

Rudimentar alegoria de um tempo remoto

Faço controle do meu caso presente

Ignoro toda a gente, ausente.

E nisso toda a época se desfaz

Minha história que nem existe exatamente

Perambula pelos cantos da calçada

Pisada pelos pés ligeiros da minha sombra cansada.

Jéssica Orth
Enviado por Jéssica Orth em 19/02/2021
Código do texto: T7188508
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