Àquela que me ama primeiro

Eu olharei por ti e guardarei o teu retrato

Ao coração

Hei de beijar tuas mãos rugosas e enlear em teus cabelos

Minha devoção

Sim, quando tremulas e findas,

Já estiverem quase frias

As mesmas mãos,

Hei de lembrar quando era eu quem implorava o alento teu;

No seio o pão

E quando já se esvaecerem tuas alegrias e prazeres

Da mocidade,

Sob a espuma da memória restarem marcas do ofício

Da caridade,

Não te receies demandar-me, e dispersar-me o pensamento

Que é fugaz.

Grita o meu nome, como fizera em meu nascimento

Chama meu nome, que tu escolheras, mãe. Eu ressurtirei como no início.

Raquel Minchetti
Enviado por Raquel Minchetti em 04/03/2024
Reeditado em 04/03/2024
Código do texto: T8012775
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