Namoro antigo
O namoro no portão
Que coisa boa!
Era um olho no pai e o outro na mão.
A jura era eterna
Mas o pai ali com a lanterna
Não “desgrudava o olho do portão”.
Éramos felizes, não tinha televisão
Os beijos eram autênticos, não tinha imitação
E os abraços, esses eram de tirar o fôlego
Só parava para dar um resfôlego
E aí começar tudo outra vez
A coisa esquentava, mas o pai
Este era severo, não abria mão da sua altivez
Foi com o namoro no portão que o casamento contrai
Sol pereira