O MARIDO BÊBADO
O marido chega em casa
Com os galos a cantar
Abre a porta com cuidado
Pra mulher não escutar
Embriagado, acha a escada
Vai devagar, só de meias:
Se "dona encrenca" acordar
A coisa vai ficar feia!
De repente... oh, que azar!
Ele tropeça no degrau
Como uma fera ela aparece
Na mão, um pedaço de pau!
Isso é hora de chegar
Ainda por cima de pileque?
Por certo não és um homem
És apenas um moleque!
Ele ouviu os xingamentos
Tentando manter-se de pé
Ao invés de andar pra frente
Só ia de marcha-a-ré!
Mas disse, muito matreiro:
Meu bem, que reunião!
Se soubesse como sofri
Me pediria até perdão!
Ela acreditou no safado
Abraçando-o com carinho:
Vou fazer-lhe uma massagem
Vais melhorar rapidinho!
Foi aí que ela notou
No colarinho, bem visível
Uma boca de batom
Ignorá-la? Era impossível!
Saia daqui, seu cachorro!
A mulher fez logo um drama:
Enquanto eu lembrar dessa
Não dormes em minha cama!
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