MUIÉ SAFADA


Lá pras banda bem distanti
Tinha uma coitadinha
Modi arrumá um amanti.
Neim vergonha ela tinha.

Inté comprou cunfiança
Di muito bobo e otário
Qui cum ela entró na dança
Repassano o abecadário.

Quem num quisé querditá
Arregala os zói prá vê
Ela distampó a falá
Uns troço qui nois num crê.

Nessi vai e vem da fulia
Levó genti pru buraco
Feiz bastanti istripulia
E armó o maió barraco.

Ô tadinha dela... coitada,
O mermo trôco recebeu
Pruque essa tar danada
Du mermo veneno cumeu.

Dava pra carqué um
Pisava nos seu amigo
Inté de besta e jirimum
Apilidava o inimigo.

Nu fim , sabi cumé qui é?
Num querditavam mais nela
Neim mermo as tar muiê
Pruque sabia qui era cadela.

E a festança agora foi só
Mais cedo qui ela pensava.
Mermo cumendo os bocó,
Qui cum chantage comprava.

Os dengo qui ela fazia
Os paiço num guentava.
As mintira qui dizia
Qui neim a línga travava.

E nois fica pur aqui
Assistino o firme passado
Pra mode contá dali
U qui foi muito gozado.

Eita muié safada!!!

Ruth Gentil Sivieri
Enviado por Ruth Gentil Sivieri em 21/07/2009
Código do texto: T1711722
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