Pobre mas limpim

(Sobre o artigo de Luciene Garcia- Pobre porém limpinho)

Sentada no sofé de curvim

Faço crochê caprichado,

Caminho de mesa pra mim

É enfeite bem acabado...

Depois esquento o jantar

Do "tapuér" retirado,

Vasilha limpa de Kibon

É utensílio reciclado!

Para acompanhar a comida,

Faço um suco saboroso,

Mas como está no fim...

Misturo água, que gostoso!

Para sobremesa então,

Sirvo danone gelado

Não deixo de lamber a tampa,

Tudo é bem aproveitado!

Quando chega o fim de semana,

Vou logo providenciando,

No churrasco lá no clube

Guaraná-maça vou levando...

E minha vida sigo assim,

Tudo reaproveitando...

Do resto daquele almoço,

Farofa gostosa jantando!

O que seria de nós,

Dócil povo brasileiro,

Se não poupasse o real

Todo o dia, o ano inteiro?

Quem vê a casa enfeitada,

Com lindas flores à frente

Não sabe que ali no fundo,

Há uma mulher previdente!

À Luciene Garcia,

Que dos pobres se lembrou,

Envio estes versinho

Mexidinhos no que restou!

Como diz aquele ditado

Aprendido em criança,

É de grãozinho em grãozinho...

Que se faz nossa bonança!

Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 28/07/2009
Código do texto: T1723144
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