A diarreia.
Na minha cama cansado me deito,
Essa questão muito me intriga.
Pois não fico uma hora no leito,
Sem que eu tenha dor de barriga.
Fecho os olhos e a sonhar,
Muitas mulheres, cerveja e gargalhada.
Mas isso não da pra encarar,
Acabo mesmo, é dormindo na privada
Levanto cedinho todo quebrado,
Tomo um café e subo a ladeira.
No caminho me sinto apertado,
La vem de novo a maldita caganeira.
Que sufoco, mas logo dou um jeito,
Num banheiro público, não dá nem pra sentar.
Será que não temos o direito?
De na rua, com decência cagar?
Mas, o pior agora vou contar.
Na volta pra casa que aconteceu.
Foi terrível, não deu pra segurar,
E a meleca pelas pernas escorreu.
Foi o dia mais fatídico da minha vida,
No ônibus lotado, você nem faz ideia.
O mau cheiro, a decência perdida,
Oh!... Mas, que maldita diarreia.