O HOMEM DO TERNO AMARELO

Mas que figura estranha

A passear pela avenida Graça Aranha

Todos os olhares pra ele se voltam

E o tal nem se dá conta de sua façanha

Mas que sujeito danado de bizarro

Faz de tudo pra se deixar notar

Pelas suas experiências vividas

Tira da cicatriz deixada por suas feridas

Um prazer de ter o que depois contar

Criatura que de bom gosto nem tem o quê

Mistura aqui e ali tudo sem noção

Mas só pra chamar a atenção

Usa e abusa sem de moda nada entender

E esse terno amarelo, então...

O que é aquilo, me diga cidadão?!

Só falta colocar uma jaca no pescoço

Porque de longe já se avista o moço

Que mais parece um letreiro em cerca de alta tensão.

E o sujeito que de pacato nada tem

Ainda pisca seus olhos vesgos e sem ter um vintém

Investe nas moças e tenta seduzir a mais casta

Sem óbvio enxergar aquilo que lhe falta

Só achando que se basta

A vontade que tenho é lhe dizer

Que faça um favor para si e pros outros

Tinja o tal terno amarelo de outra cor

Pois esse tom de ouro está um horror

Mais parece um E.T. saído de um disco voador.

Malu Harrison
Enviado por Malu Harrison em 23/04/2010
Reeditado em 15/04/2013
Código do texto: T2215137
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.