CEMITÉRIO
É uma pergunta que não quer calar
Para que cemitério tem muro
Quem está dentro não pode sair
Quem está fora não quer entrar
Quando eu era menino
Eu andava de magrela
No cemitério São João Batista
Entre as tumbas e vielas
Muitas vezes fui sozinho
Pro medo não dava ouvidos
Aprendi desde pequenino
A ter medo só dos vivos
Os mortos que descansem em paz
Os vivos que fiquem tentando
Quando leio "aqui jaz"
Nunca fico me imaginando
A poesia na minha mente se faz
E na morte não fico pensando
André Anlub
BLOG: http://poeteideser.blogspot.com/
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Contato: andreanlub@hotmail.com