Onde fui amarrar meu bode!

Rabo de saia, de saia curta que vento rodopiou

Me chamou de amigo no rodopio,

E a inocência acreditou

Inocência??? Ei, psiu!

Então porque desejou?

O aroma contido na doce brisa

Mais doce ao desejo se fez

Perfume apimentado que queima, escraviza

Fazendo o bronco posar de Cortez

Olhares que se cruzam, mútuo desejo

Fez-se a confluência dos caminhos

Promessas de carícias e beijos,

Levaram à pressa de estarmos sozinhos.

Chegados então à zona da mata

Se desfez a ilusão do incauto

Sonhou com Vênus, acordou em Marte

Findou a promessa do banquete lauto

Como Hermes se travestiu de Afrodite?

Em fêmea beleza, como pode?

E eu Acreditei. Acredite!

Onde fui amarrar meu bode!!!

Leonel Santos e Márcio Matos
Enviado por Leonel Santos em 09/09/2011
Código do texto: T3208877
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