Vamos malhar?
Não é vício:
Exercício
e artifício
pra que não se perca a forma.
É só fazer disso uma norma.
E foi isso mesmo que fiz.
Decisão,
Boa intenção
e muita transpiração
Seriam pra mim, solução.
Primeiro momento:
Aquecimento.
Ali começou o tormento.
Já mostro a língua na esteira.
Será que eu fiz besteira?
Pula,
pedala,
escala,
duas voltas correndo na sala
em ritmo de intempérie.
De novo, repete a série.
Adutora,
Abdutora,
Extensora.
Eu vou precisar da doutora!
Aquela fisgada profunda:
deu cãimbra na panturrilha.
Corro,
Morro,
Socorro!
E assim mesmo, minha filha:
são cargas, halteres, anilhas...
E eu quase batendo pino
e ainda tem o supino,
flexões e abdominais.
O corpo cheio de dores,
e um bando os professores
me pedem que eu me empenhe mais...
Fighting,
Pumping,
Jumping.
Já ando nisso há um mês.
No fim ou faço um Lifting,
ou na certa aprendo Inglês
A barra,
Só vai na marra...
Tá louco!
Mas, falta pouco.
Enfim, só mais um momento.
Alongamento:
aí a gente descansa.
É justo...
Mas, passa pela balança,
e que susto!!
Eu vou é chamar os jornais!
Processar a academia
por práticas ilegais.
Passo horas de agonia,
em máquinas que metem medo,
sete dias na semana,
e não perdi nem um grama
nem reduzi um só dedo!