OITO SITUAÇÕES QUE INCOMODAM (Oito Pecados Chateais)

OITO SITUAÇÕES QUE INCOMODAM!

(Oito pecados chateais)

Burrice

Não me refiro a aqueles,

Que não tiveram cultura

Com todos os cursos reles,

Mas aos da burrice pura.

Brigam, batem os seus pés,

Tentando impor idéia

Sem lógica, ao revés,

Soltam como logorréia.

Vejo muito mais saber

Nos aprendizes da vida,

Parecem desconhecer,

Fingindo, ‘regra vencida’.

Não vivem a "pavonice',

De ser o 'disse-que-disse'.

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Mau Humor, ou Mal do Humor

Tem gente que o humor

Está sempre rebaixado.

Sua vida: um horror,

Pois se sente humilhado.

Busca mostrar-se bem livre,

Dando visão diferente.

Para com quem sobrevive,

Não sabe, mas é doente.

Seu mal é a distmia,

Profundo mal do humor,

Que o faz 'gato-que-mia'

Trazendo grande terror.

Precisa buscar ajuda,

Ou ninguém mais o sauda.

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Medo

Tem gente com muito medo,

De coisas que nem existem.

Previnem-se, dormem cedo,

Fogem do medo que tem.

Não conseguem perceber

Que o medo é fraqueza

Interior, ao viver.

Vivem debaixo da mesa.

Contrário de se furtar,

A luta cria a certeza,

Que podemos enfrentar

Se tivermos esperteza.

Só é preciso buscar

Ajuda pra se achar.

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Ciume

Conheço amor por gestos,

Por coisas das quais gostamos.

Ter ciume? Meus protestos!

Coisa só de 'carcamanos'.

Insegurança é forma,

Que sente quem não se crê

Ser capaz de ter reforma

Profunda do seu porquê!

É sentir-se pequenino,

Incapaz de ser amado.

Por isto foge de fino,

Com maior dom já doado,

Por Alguém que nos Apóia

E Detesta paranóia.

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Os 'Ispertos'

Tenho dó da 'esperteza',

Do que crê que pode mais.

Geralmente a frieza

Tomou conta do 'rapaz'.

Nem se lixa para nada,

Busca o 'money' feroz.

Uma forma complicada,

Que só o faz ser atroz.

Cria que dava a volta,

Buscando um tudo ter.

Mas só criou a chacota

Em quem aprendeu viver.

Coitados, com mente fria,

Nunca terão boa cria.

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A Avareza

O avarento esquece

Que não poderá levar,

Pois economia fenece

Quando quer perpetuar.

O exibido esbanja,

Tentando se exibir.

O avarento arranja

Pra não deixar esvair.

"Vô rico a neto pobre"

É o que diz o ditado,

Ganhar, usar como nobre,

Vida que não é treinado.

Um assunto o atrai:

'Gastar dinheiro do pai'.

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Impontualidade

Vivemos sempre correndo,

Muitas vezes atrasamos.

Por causa de um adendo,

Que às vezes inventamos.

Encargos desnecessários

Fugas de nossa memória,

Que faz-nos adversários,

Difíceis pra ter história.

O duro é engolir

Artifícios de um bruxo(a),

Que mente se transferir

Do real para o luxo.

Está sempre atrasado

Indo caminho errado.

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Mentira

"Quem mente é inseguro",

Já está mais que sabido.

Não adianta criar muro

Que esconda o fingido.

Falta bom conhecimento

Pra maioria dos tais.

Que não se encham de vento

E finjam saber demais

Precisam só entender:

Que jamais nós saberemos

Um imenso conhecer

Neste mundo de pequenos,

Que deixaram de cuidar:

“Da terra, ar e do mar.”

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