Vejo pelas ruas máculas
Vejo pelas ruas máculas
O sangue estancado de uma guerra
Nem sempre, quem diria, continuada.
Entre automóveis, aço e concreto.
Rezo, riso liso, ágil, doce, circunspecto.
Astros e astronautas tomam o mundo.
Enquanto o mundo é, tudo aquilo, que se vê.
Não há nenhum compromisso com á coragem
Estripada, deturpada piedade.
Posse, paralelo, geográfico.
Tudo isso é muito lindo noutro estado
A verdade surda é muda, absoluta.
E sua obsolescência, estancada, ninguém muda.
Pânico, pâncreas, pavilhão.
Nada disso é tudo. E tudo é, o que se diz.
Não se ganha nada com tanta hipocrisia
Tudo isso, não cabe numa poesia.