Vejo pelas ruas máculas

Vejo pelas ruas máculas

O sangue estancado de uma guerra

Nem sempre, quem diria, continuada.

Entre automóveis, aço e concreto.

Rezo, riso liso, ágil, doce, circunspecto.

Astros e astronautas tomam o mundo.

Enquanto o mundo é, tudo aquilo, que se vê.

Não há nenhum compromisso com á coragem

Estripada, deturpada piedade.

Posse, paralelo, geográfico.

Tudo isso é muito lindo noutro estado

A verdade surda é muda, absoluta.

E sua obsolescência, estancada, ninguém muda.

Pânico, pâncreas, pavilhão.

Nada disso é tudo. E tudo é, o que se diz.

Não se ganha nada com tanta hipocrisia

Tudo isso, não cabe numa poesia.

Hugo Neto
Enviado por Hugo Neto em 01/04/2007
Código do texto: T433319