PULGOSO ENTRE AS FLORES
 
 
Sua dona o batizou
Com um nome bem pomposo
Mas isto não o alegrou
Preferia ser “PULGOSO”.
 
Como na casa do criador
O lugar onde nasceu,
E mudar pra “SENADOR”’
Isso muito o aborreceu.
 
 
Ser cachorro o agradava
Mas Senador odiou,
Da honra se orgulhava
pois nem um osso roubou.
 
Sua dona percebeu
o seu descontentamento
chamando-o não respondeu,
viu logo o constrangimento.
 
Viu também que ele coçava
As orelhas com frequência
E enquanto o examinava
Logo achou a evidência.
 
Sorrindo ela o chamou:
“vem aqui meu cão Pulgoso”
E em seu olhar notou
Um sorriso amistoso.
 
Ficou pra ela a lição:
A pompa nem sempre agrada,
Pulgoso, um simples cão,
Com a política não quis nada.