OS CAVALOS DO REI
Não me fio
no limo do poder
dele me faço de cego
arredio sou às pompas.
Não ouço mais
o som dos castelos
as medalhas deixo-as
para os cavalos.
Do Rei
admiro as cores
da Rainha, o diadema.
Sinto-me impotente
diante do cetro que escraviza
creio na força de um povo.
Visto-me com a luz do Sol
é dele que me irradio
é a mãe terra que me sustenta.
Pedro Matos