Coisas da noite.

Ah, insônia,

Terror dos meus sonhos,

Por que chegaste assim,

Sem pedir-me licença?

Madrugada alta,

Noite quente, escaldante!

E tua agonia desmedida,

Sem sentido,

Tira meu corpo necessitado,

Do descanso dos justos merecido?

Vil anjo negro,

Quem pensas que és,

Para atormentar-me tanto?

O suor incomoda-me,

Levanto-me inquieto,

Tomo um banho morno,

Refrescante!

Volto a deitar-me,

Fecho os olhos

E ouço o silêncio,

E quase embarcando em novo sonho,

Agora vem sem cerimônias

Visitar-me,

Um maldito pernilongo!