Um Apólogo

Sou nobre agulha, você...
servente linha,
Eu abro caminhos, você...
apenas coloniza.

A costureira veio com a baronesa,
a baronesa vestiu-se,
Vestido com linha,
pronto para o baile.  

Eu sou servente linha, você...
melancólica agulha,
Eu vivo festas, você
cesto para mucamas...

Um professor opinou:
Minha sabedoria pioneira,
Também tem sido festa...
Para muita linha medíocre.


Este poema é uma retextualização à partir da crônica "Um Apólogo", de Machado de Assis.