RSRS
Não só de felicidade eu vivo os dias,
Mas também de um pouco de desgraça.
Eu adoro quando a chuva cai de repente
Quando acabo de sair de casa contente,
Sem guarda-chuva que me proteja
Dos grossos pingos d’água... que graça!
Nessas ocasiões, a minha alma festeja,
Pula de satisfação, de pura alegria,
Debaixo da cobertura da minha pele,
Rolando no chão de tanto rir,
E eu, como quem tudo repele,
Renuncio ao direito de ir e vir,
E volto para casa em disparada
Com a roupa toda encharcada.