Somos Todos Filhos da Vida..

E mesmo que não seja verdade,
somos todos habitantes,
do mesmo aquário que rola no espaço,
espelho de vidro,
solo de aço,
dedo de pedra,
coluna de mola,
cabeça de sonho.

E sonho em ver outro mundo,
no raiar do sol
que se esconde
ao passo que me mostro ao mundo,
em cada poema,
a cada segundo...

E eis que um raio me corta
e que cada metade é outra realidade,
menos torta,
menos morta...

E um dos meus eus se vai,
o outro fica,
e novamente se corta,
ao bater a porta,
derramando a lágrima pela vida que seja ao máximo.

Estou no ponto máximo.
E agora,
o que vem?

Nova subida,
outra curva,
uma descida,
ou apenas,
novamente,
mais um poema?