Safa Onça

É uma tendência

O aumento das pendências

Em férias é liberada a preguiça

O que o vigário reza na minha missa

Nas minhas poucas porcas prioridades

Do 26º uma janela de oportunidade

Na cadeira de praia, um olhar perdido

Mas o poeta busca algo que faça sentido

Mesmo letárgico no ápice

Mente frenética sai à cata de sinapses

Um besouro que anda no chão

Quiçá de um tesouro o embrião

A luz de uma série Vaga-Lume seria uma aposta?

Ou este Escaravelho do Diabo é só um rola bosta?

Poeta enrolão vai empurrando com a barriga

Mas continuar na leitura ninguém te obriga

Mas se em vídeos curtos o visual já vem pronto

Na leitura o exercício da imaginação é um contraponto

E se lendo escaravelho lembrou de caravelas

É porque na sua mente abriram-se novas janelas

À toa no porto, neste navio se viu embarcado

Gaiato, curioso por mares nunca Dantes navegados

Conheceu de uma não tão divina comédia o inferno

Purga o pecado da ociosidade dos tempos modernos

Dando valor ao final, concebe uma ideia de paraíso

Sei que acabar é bom, vai! Pode soltar um sorriso

Mas se, em terra firme novamente, bater aquela vontade de dar uma viajada

Safa onça no blog, numa poesia enjoada