Violentamente doce
Toda a negação do que sinto,
Versos espalhados pela casa,
Não interessa o que seja,
A solidão é imensa, e não passa.
Pode ser a mancha na parede,
Me assusta a imaginação,
Com a garganta ainda aberta,
Sinto o pulsar de meu coração.
A navalha está em riste,
Os dedos cambaleiam e choram,
As unhas gritam e se rasgam,
Os olhos se abrem e se apavoram.
Ainda respirando, sinto o sabor,
Gôsto que jamais me abandonaria,
A língua se move friamente,
Sentindo algo que jamais saberia.