Meu barco sem teu porto... Meu porto sem teu barco...
No porto da solidão a calma pena por te ver
Ancorar sua atenção às margens do meu cais
Na parte em que a ilusão não me faça sofrer
No instante em que a vida me mostre a paz
Desatino meu barco fronte ao temporal
Ventos que me leve a qualquer miragem
Ventos que me leve a qualquer paisagem
E desenhe no meu barco recifes de coral
Desenhado o rumo no casco do meu barco
Rota alinhada ao pensar longínquo das águas
Dos mares suspensos que formam o espaço
Lacunas de pensamentos, errantes e solitários
Em meio a uma intensa voz das águas que rebatem
Misturam-se ao meu barco navegando num aquário