Súplicas de Morte
Ouço gritos...
Baixos, altos, graves, agudos...
Gritos de gente, de bicho, de desespero...
Suplicas pela vida, choro e sangue escorrem em pesadelos.
E eu...
Eu não durmo, não hoje, nem ontem e talvez não amanhã.
Escuto vozes...
No pé do ouvido, dentro de minha cabeça, do outro lado da porta...
Vozes que atormentam, que ecoam, que dizem verdades...
Sem aviso elas te prendem num transe maligno
E eu...
Eu me escondo, para não ser visto.
Sinto minha respiração...
Rápida e ofegante para lenta e amena
E cada vez mais eu me afundo, me perco...
Então ela se encerra em suspiros, em morte.
E eu...
Eu durmo, sem amanhã, sem hoje e sem se esconder.