Ventre imaculado

Na imensa paisagem da vida

Galgo nu, horas sem fim

Inconfessados desejos da alma

Assediam-me a vida

Restando-me implorar

Aos deuses, incógnitos senhores

Um convite para a ceia de manjares

Porém, ainda aqui estou sentado ao luar

Imensa, também é a certeza

Das coisas vãs que o tempo pariu

Entre os dias desta jornada pura

Uma réstia de esperança nasceu

Dum ventre imaculado, fecunda luz se fez ver

Por um grito que irrompeu a carne alva da mulher

Sem sexo, ainda virgem, semeia esperanças nos gemidos

Aqui, na minha terra, costuma-se dizer; com nova vida os males são banidos

Mabaka
Enviado por Mabaka em 23/06/2008
Código do texto: T1047949
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