Meu Corpo é a sua Refeição

Olha você, faminta pela minha carne,

Desejando devorá-la bruptamente.

E chega, arranca meus braços,

Começa a comê-los ainda mal passados.

Você não é presa aos bons costumes,

Sua etiqueta refinada não lhe ajuda na cama de jantar.

Farta de tanta carne,

Meus olhos são a sobremesa

E minhas lágrimas a cobertura;

Tem sede,

Toma meu sangue com duas pedras de gelo,

Reclama estar muito doce, mas ainda assim hidrata seu ego.

Já saciada sua fome,

Guarda o resto na geladeira

Para mais tarde comer requentado.

Ociosa, liga a TV e palita os dentes com os pedaços dos meus ossos,

Que também foram saboreados pela sua fome animalesca.

O problema é que a carne um dia vai acabar

E terá que sair atrás de outro para comer!

Assis William
Enviado por Assis William em 26/06/2008
Reeditado em 13/12/2013
Código do texto: T1052468
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.