Loucuras

Vesano!

Crês no que vê?

Infanda visão lhe cobre os olhos!

Este que me tem nos braços

Vem d’alma impura

Seus pesadelos cabalísticos os fazem vê-lo

Durma, meu senhor de terras fulvas.

No além próximo haverá de estar

Enquanto selo em teu leito meu nome em luto

És no éter redentor

Deixa-me neste abismo

Vigiando o sangue gotejar ao nada

Vida, oh vida!

Vulto maligno que não se pode decifrar

Sinto longe a tua voz desvanecer

Cálida, inerte, perpétua enquanto sonho,

Mais um sonho de morrer.

Gabriela Malheiros
Enviado por Gabriela Malheiros em 03/02/2006
Código do texto: T107736