Loucuras
Vesano!
Crês no que vê?
Infanda visão lhe cobre os olhos!
Este que me tem nos braços
Vem d’alma impura
Seus pesadelos cabalísticos os fazem vê-lo
Durma, meu senhor de terras fulvas.
No além próximo haverá de estar
Enquanto selo em teu leito meu nome em luto
És no éter redentor
Deixa-me neste abismo
Vigiando o sangue gotejar ao nada
Vida, oh vida!
Vulto maligno que não se pode decifrar
Sinto longe a tua voz desvanecer
Cálida, inerte, perpétua enquanto sonho,
Mais um sonho de morrer.