PELOS POROS
Ah! Eu não quero mais
nada.
Nem morrer de amor,
nem de vida assassinada.
Eu quero sim; um calendário
de bolso.
Rasgar rigorosamente todas
as datas...
Eternizar presentes futuros,
regar os meus poros, demolir
meus muros.
Suspirar de afetos, plantar
poemas com afinco e sem
decretos.
Ah! Eu não quero mais nada...