POESIA MALUCA

Modo maluco de escrever,

uma fagulha em versos de veneta,

escrevo o que me der na telha.

Há de convir - leia-me quem quizer,

não rimo, nem ignoro o doce dos doces,

danço livremente nos meus pensamentos,

indiferente ao que falam.

Uso saia rodada que nem cigana,

mas não tenho realejo nem bola de cristal,

minha blusa é justa,

justamente combinando

com minha mania de seduzir

as letras do alfabeto.

Sou absoleta e paciente,

faço um pacto comigo mesmo,

minha mesmice diferente,

tomo banho de chuva,

meu prazer relativo a água que cai,

desafio o universo personalizado

pelo meu nome fantasia.

Namoro a lua nas quatros fases,

comtemplo o sol no seu lento caminhar,

alimento dos passaros que voam ao meu redor.

Isso é veridico... um robe meu

meu ambiente maroto,

relativo as fábulas que quero contar

espero o tempo passar da janela,

enquanto ovento vem me afagar.

Eu sorrio contundente,

um sorriso secreto - minha valvula de escape

beijo a flor do beija-flor,

secretamente sem que ele veja,

uma enxurrada de palavras,

vem a minha mente - livre

passo ao papel sem nada escrito,

oportunidade que tenho

de soltar as letras apreendidas

pela minha visão poética

interrompo barreiras violentadas,

pelo sonho quimérico.

Posto fotos fotografadas por mim,

um rosto viável de uma poetiza...

e termino minha poesia maluca,

sem eira nem beira...

soraia