DESAFIO II
Uma vez eu fiz uma poesia
e o mestre achou muito grande
eu, submissa, a despedacei toda
despedacei alí minha emoção.
A burra velha não entendia o amor, gigante
era métrica, bê-a-bá
cadê a coerência do aprendiz?
Ta no chão, materialista
Matéria!
Varre, Ventania, essa velha da minha vida.
E eu falando de coisas fúteis
sou tão ridícula quanto as coisas
Varre a fala, ventania
deixe o fútil
que o nome do mestre era Graça
tem graça? A Graça virou poesia.
Tartaruga, inútil!
Você vem, não vem?
Aparece lá em casa
as chaves, as portas, a janela de ouro
já estão destrancadas
taciturnas...
soturnas...
e eu: sub-imunda.