DAMA DE AZUL

Dama de azul

Caminhando em gingado,

Bamboleio dos quadris

As melenas soltas e diz

Bela calcinha! Alucinado!

Teus olhos pobres coitados

Vão de norte a sul

A acompanhar o rebolado

E pensas naquela saia azul

Os seios livres, dois mundos

A serem conquistados.

Boca vermelha, carnuda,

Ali tão desnuda...

Pensamentos crescem

A tal ponto que rasgam as

Vestes.

E as coxas?

Duas estradinhas perigosas,

Cuja saída culmina numa

Gruta.

E pensas:

Como a vida é....dura!

A moça tem dono mas me

Dá uma gastura!