"Agora ,sustento minha brasa !"
Um pouco louca ... farta,
A estranheza das longíquas linhas,
Ver a felicidade "irretocável", mas falsa,
Antes chorar verdadeiramente do que fingir sorrir,
Soberana tua raiva que chega aforgar-me,
Cartas desbotadas que não lê,
Outras tão mal escritas quanto resignadas,
Pouco inteligentes, não atraem ao poeta,
Sem mistérios algum... não atraem ao homem,
Não consigo odiar...indignada,
Não quero ser boa...hoje,
Não quero ser forte...agora,
Nem tão pouco guerreira... na contramão!
Instintivamente quero gritar,
Desafogar minhas angustias!
Já me destilou o veneno torturante,
Nem ao menos és a mesma seiva,
Aquela d'outrora dominante,
D'onde viria tais letras aspirantes?
Seu jardim escureceu,
Aplausos sem valor,
Sonhastes seu orgulho,
Orgulhastes de sonha-lo,
Ascendeu fogo morto,
E negou mante-lo...
Agora sustento minha brasa!