Mundo me ensina a viver

Me diga a causa do cismar

Quero sentir o perfume da liberdade

Escorregar pelas mãos da vida

Sentir o frio da noite chegando lá fora

Sair desse ninho quente

Dessa segurança em forma de parede

Reescrever minha história

Seguir um caminho desconhecido

Usar um outro papel

Quero sentir, fome, necessidade

Saber o gosto da vontade

E sair procurando uma fonte

Lavar meu corpo nas águas da busca

Sem lugar nem tempo algum

Quero acordar uma pessoa nova

Ter tempo pra seguir o sol

Pegar o arco-íris com a mão

Saborear o sal do mar distante

Sorver o doce do rio de janeiro, fevereiro, março....

Ficar na incerteza da descoberta

Me encostar bem devagar

Na nuvem mais alta do céu

Seguir o labirinto sem saída

Colher efeitos constantes

Quero a liberdade

Ou ficar de mim bem distante??

Fugir dessa gaiola

Que eu mesma me prendi.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 03/12/2008
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